sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Top Zelda - Os 10 melhores calabouços

Por muito tempo, uma das características mais marcantes de Zelda era a enorme qualidade de seus calabouços, pontos de interesse no jogo que continham não só uma nova ferramenta a ser inclusa no arsenal do herói, como também um item de extrema importância para a trama como um todo.
De hookshots a medalhões, esses eram lugares que testavam a habilidade dos jogadores de diversas maneiras, seja sua agilidade e força em combates, seja seu intelecto e paciência em quebra-cabeças diversos.

Mas, o que faz um calabouço em Zelda ser realmente bom?
A resposta para essa pergunta varia de pessoa para pessoa, mas, na minha singela opinião, um bom calabouço precisa de um bom tema, variedade, atmosfera e um pouco de desafio. Dito tudo isso, os chefes e minichefes, que também são partes chaves dos calabouços, não são exatamente pontos que levo em consideração, visto que há calabouços MUITO bons com chefes péssimos, e calabouços bem fracos, com chefes ótimos.
Todos esses são elementos que levei em conta para bolar uma lista com os dez melhores calabouços de toda a série, seja de jogos 2D ou 3D. Ah, e antes que eu esqueça, essa lista estará cheia de spoilers de vários jogos, leia por sua conta e risco!

Então, sem mais delongas, comecemos...!



10. Turtle Rock (A Link to the Past)


Vamos começar com um calabouço bem único, honestamente o melhor do jogo de onde ele vem. Turtle Rock é a sua última parada em A Link to the Past, na qual você resgata a última das Sete Damas e consegue a última ferramenta para enfrentar o grande mal do mundo.
Isso é legal e tudo, mas, honestamente, o que é mais interessante nesse calabouço é sua variedade de desafios e lugares, e tudo isso sem comprometer a identidade do calabouço como um todo.
Você terá de usar Fogo, enfrentar bolas de ferro acorrentadas e agindo como cachorros furiosos, bloquear os raios de olhos nas paredes, e atravessar imensos tubos, tudo isso para enfrentar uma tartaruga de três cabeças, só que na verdade ela não é uma tartaruga e sim um cobrão...! É, você vai fazer MUITA coisa nesse calabouço, mas, nunca vai questionar a lógica de nada.

9. Inside the Great Deku Tree (Ocarina of Time)


Não é surpresa pra ninguém que Ocarina of Time é meu Zelda 3D clássico favorito, e o principal mérito por trás disso é o tom e atmosfera que o jogo tem durante boa parte de sua aventura.
A área inicial, Kokiri Forest, não só tem uma música tema mágica, como seu visual geral, cheio de vagalumes e pequenos feixes de luz somam muito à sensação de que se está andando por um lugar especial.
Daí, quando você entra no primeiro calabouço do jogo, Inside the Great Deku Tree, as coisas mudam completamente: você está em um ambiente escuro, cheio de criaturas hostis, e com desafios que, apesar de não serem difíceis, testarão sua perspicácia em sua primeira partida, e prepararão você para a grande jornada que você terá de enfrentar. Com esse contraste, o calabouço já estabelece o tom para o resto do jogo: o mundo lá fora pode parecer amigável, mas, até mesmo nos lugares mais claros, há sombras e monstros à espreita.

8. Water Temple (Master Quest)

Imagem do Water Temple normal porque era o que tinha nos arquivos, e eu não achei nenhuma imagem que prestasse internet afora.
Antes de vocês pegarem suas tochas, permitam-me explicar: o Water Temple da Master Quest (a versão mais "difícil" de Ocarina of Time) é simplesmente genial. Enquanto eu rejogava essa versão do jogo há algumas semanas, lembro que fiquei bem surpreso. Não só os novos quebra-cabeças são bem elaborados, há diversos momentos em que você precisa pensar fora da caixa e considerar diversas possibilidades. Alavancas escondidas nas paredes, uso muito interessante do Longshot, além de salas praticamente remodeladas com pequenos truques aqui e ali para manter você prestando atenção. Existe até uma sala com DODONGOS...! Imagina só isso!
Por mais que a Master Quest inteira seja bem modelada, não posso negar que acho o Water Temple o melhor calabouço da versão (especialmente quando você considera o quão CONFUSO o Spirit Temple ficou).

7. Deepwood Shrine (The Minish Cap)


Não venho falando muito de The Minish Cap nos últimos anos... Não porque eu tenha deixado de gostar do jogo... Apenas acredito que há mais o que falar nos outros.
Uma coisa que não mudou muito foi a Deepwood Shrine, o calabouço inicial do jogo, um lugar que lhe passa as mecânicas principais do jogo, as mesmas as quais você reutilizará com relativa frequência durante sua jornada. Além disso! É o primeiro calabouço que você terá de enfrentar no tamanho de um Minish, o que significa que há uma variedade interessante em termos estéticos, com seus inimigos sendo insetos, quebra-cabeças requerendo que você faça coisas como girar um barril, escapar de poeira e ter de lidar com um monstro comum, só que em um tamanho (relativamente) bem maior...!
Por mais que The Minish Cap seja perfeitamente sólido, nenhum dos outros calabouços tem o fator de surpresa como Deepwood Shrine. E isso de o primeiro calabouço ser o mais interessante acaba sendo verdade para muitos outros jogos da série...

6. Dragon Roost Cavern (The Wind Waker)


Entrar no primeiro calabouço já é um teste em si mesmo em The Wind Waker. Certamente, Dragon Roost Cavern não é o calabouço mais criativo do jogo (nem chega perto disso...!), mas, admito que tenho uma afeição por ele, talvez por ter sido o calabouço que mais joguei, e o que usa algumas mecânicas do jogo que, surpreendentemente, não são usadas em nenhum outro momento.
Para ter uma chance aqui, você não poderá contar somente com suas próprias ferramentas, mas com aquelas que estão ao seu redor: tochas, potes cheios d'água, e até inimigos serão essenciais para progressão, exigindo usos por vezes criativos, por vezes óbvios, resultando em uma experiência e tanto, e um ótimo ponto de partida.

5. Forest Temple (Twilight Princess)


O maior pecado de Twilight Princess é a ausência de um tom consistente. Pronto, falei...! O melhor exemplo disso é ver como o jogo começa, e ver o que você está fazendo na metade do caminho. Obviamente, isso não é motivo para colocar o jogo inteiro no chão e chamá-lo de ruim. Claro que não! Eu adoro Twilight Princess! Mas, nem eu posso negar que o jogo poderia ter sido bem mais interessante com algumas escolhas precisas.
Talvez seja por isso que eu goste tanto do Forest Temple do jogo. Esse é, de novo, um calabouço inicial, e, apesar de não ser o mais criativo dos demais (Goron Mines e Temple of Time têm mecânicas mais intrigantes), esse é o único que tem uma atmosfera, de fato, opressiva, representando bem o estado no qual o mundo se encontra àquela altura. Não só é um lugar escuro, você tem de enfrentar monstros abomináveis, e prosseguir com cuidado se não quiser cair de um penhasco ou ter uma plataforma sair de baixo dos seus pés por ter sido incentivada pelo vento.
A cereja do bolo tem que ser o chefe do lugar, Diababa, que tem um visual completamente aterrorizante, e que não estaria fora de lugar em uma produção de terror. Só uma pena ele ser tão fácil...

4. Lorule Castle (A Link Between Worlds)


Agora chegamos nos quatro melhores e, eu aviso logo, esses aqui são absolutamente fantásticos. Comecemos com o último calabouço de A Link Between Worlds: Lorule Castle.
Logo quando você entra, já é dolorosamente óbvio o que aquele lugar representa: o último obstáculo entre você e a abominação que ameaça o mundo.
Como último obstáculo, Lorule Castle aproveita quando pode para testar todas as habilidades que você usou durante sua jornada, ao mesmo tempo em que pede que você seja criativo com as ferramentas que tem em sua disposição. Ele lhe coloca para enfrentar antigos inimigos novamente, lhe põe em situações um tanto delicadas, e faz tudo isso com uma trilha sonora que muda à medida em que você vai progredindo. De muitas maneiras, ele é similar ao Ganon's Tower de A Link to the Past, só que bem menos exigente e bem mais divertido.
É certamente o que podemos chamar de uma Fase Final, certamente digna desse nome. Como se isso não bastasse, essa área também é onde a história do jogo sai de sua zona de conforto e entrega surpresas bem pensadas (embora não exatamente originais), grandes desafios, e é a porta de entrada, e saída, para um mundo bem maior.

3. Hyrule Castle (Breath of the Wild)


Não ligo se há um debate quanto ao Hyrule Castle de Breath of the Wild contar como um calabouço ou não. Considerando tudo o que existe lá dentro, me sinto confortável em bater o pé e dizer que é um calabouço de fato.
Se Breath of the Wild teve calabouços bons o suficiente para alguns de vocês ou não, acho que todos podemos concordar em dizer que a área final do jogo é uma das mais bem pensadas e mais épicas de toda a franquia.
Primeiro que nós finalmente temos um castelo de verdade para explorar, com grandes salões, uma enorme biblioteca, varandas, corredores, torres e arsenais, tudo isso corrompido pela energia de Calamity Ganon, e habitados pelos monstros mais poderosos do jogo, o que inclui versões brancas (ou prateadas, depende como você queira chamar) de Bokoblins, Moblins e Lizalfos, além de um Lynel branco. Não é o bastante pra você? Que tal o universo de Guardiões que patrulha as paredes externas do castelo? Entrar não é uma tarefa fácil e, com as ferramentas erradas, sobreviver dentro do castelo pode ser tão difícil quanto.
E, bem, é verdade que não há muito em termos de quebra-cabeças lá dentro, mas, pessoalmente, me pareceu que descobrir a melhor rota para entrar, além da melhor maneira de subir até o Santuário no topo (que é onde nosso grande objetivo está), são dois desafios que compensam por essa falta.
E eu nem falei da música ainda, e de quanta inspiração ela dá com instrumentos e uma melodia que remetem a glórias passadas, devoradas por um desastre presente.

2. Stone Tower Temple (Majora's Mask)


O ponto alto de Majora's Mask é em Ikana Valley, que é onde temas como morte, trevas, terror e esperança estão mais fortes.
E o ponto alto de Ikana Valley é Stone Tower, uma grande torre simbolizando o poder de seu reino e do quanto ele caiu.
Em Stone Tower Temple, lar do último guardião de Termina, você não só precisa do poder das três máscaras de transformação que você adquiriu em sua jornada, como também precisa conhecer bem o que lhe cerca para quando for girar o lugar todo de cabeça para baixo.
Estou ciente de que esse é calabouço favorito de MUITA gente, especialmente fãs de Majora's Mask, e, honestamente, não é difícil ver o porque.
Os quebra-cabeças são todos bem bolados, requerem sua atenção, e ainda lhe colocam em situações curiosas que exigem que tudo fique de cabeça para baixo (literalmente). Adicione tudo isso a um dos lugares mais únicos do jogo, explorando todas as habilidades de Link, como as flores para o Deku, a lava para o Goron e a água para o Zora, e você tem um dos calabouços mais criativos de toda a franquia. Ouso até dizer que, esse aqui é um dos pontos altos de Zelda; talvez um dos mais altos. E eu já falei que você fica de cabeça para baixo?! Pode parecer uma ideia bem simples (e ela é, surpreendentemente), mas a diferença que ela faz lá dentro, mudando as salas completamente, e abrindo espaço para novos desafios, faz você perceber o quão maravilhosamente implementada ela foi.

Menções honrosas:

Skyview Temple (Skyward Sword)
O Skyview Temple é de longe um dos calabouços mais estilosos da franquia inteira. Ele possui boa atmosfera, uma ótima trilha sonora (que é bem misteriosa, e passa bem a sensação principal do lugar), além de ser lar de algumas batalhas bem interessantes, tanto com inimigos comuns, quanto com chefes. Ele é até revisitado depois, algo que eu achei muito, muito interessante em Zelda!

Divine Beast Vah Ruta (Breath of the Wild)
Talvez por ter sido a primeira besta que visitei em Breath of the Wild, a jornada dentro de Vah Ruta me foi muito memorável. Ela não só conta com desafios interessantes (além de um quebra-cabeça bem bacana com o Sheikah Slate), como o chefe do lugar tem uma batalha muito interessante em geral. E nem me fale em atmosfera... Eu realmente me arrepiei quando mexi a "tromba" da besta, e ela respondeu com o urro de um elefante. Aquilo foi... Inacreditavelmente assustador e épico.

Thieves' Town (A Link Between Worlds)
Poucos jogos fazem missões de escolta serem minimamente interessantes. A sorte é que A Link Between Worlds sabe o que está fazendo, dando identidade a um calabouço de visual bem pouco interessante... A luta contra o chefe é bem criativa também, e esse é sempre um dos primeiros lugares que visito quando estou em Lorule.

Sandship (Skyward Sword)
A Sandship acaba servindo como uma grande metáfora de tudo o que Skyward Sword incorpora: ela é visualmente muito intrigante, possui uma história de fundo interessante, o modo de chegar a ela é bem divertido, e as mecânicas do lugar são boas. O único problema que tenho com o lugar é que ele requer paciência... Assim como o jogo inteiro, na verdade.

Divine Beast Vah Rudani (Breath of the Wild)
Chegar nesse calabouço é uma atividade bem chata, na minha opinião. A boa notícia é que Vah Rudani tem um quebra-cabeça que envolve luz e fogo que é muito, muito bom, além de alguns outros truques e mecânicas que simplesmente funcionam.

Ancient Cistern (Skyward Sword)
Visualmente falando, o lugar é ótimo... Mais do que ótimo, na verdade. Ancient Cistern conta com uns momentos bem interessantes, outros bem macabros, e a história usada de inspiração para o tema do calabouço em si é bem bacana. Se não fosse a memorização e os controles de nado...

1. Forest Temple (Ocarina of Time)


Surpresa, surpresa, meu calabouço favorito é do Ocarina of Time, yay. Ninguém viu essa.
OK, ter o Ocarina of Time em outra primeira posição parece suspeito, mas, permita-me explicar.
Como eu disse há muito tempo antes, jogar Ocarina of Time foi uma montanha russa de emoções, por vezes frustração (Water Temple, ou o mini-game de pesca), antecipação (os passos finais para a última batalha), felicidade (finalmente puxar a Master Sword do pedestal), e aquela sensação que você tem quando percebe que não sabe mais o que fazer da sua vida (Lord Jabu-Jabu).
Uma outra sensação que tive, apesar de não ser a primeira vez que senti isso, foi quando senti que um novo mundo estava se abrindo para mim, e isso aconteceu quando vi o Forest Temple pela primeira vez.
O Forest Temple, na verdade, é a base que utilizo para definir se um calabouço em Zelda é bom ou ruim para mim, e isso vai além dos quebra-cabeças. Como eu disse no começo da lista, atmosfera é um ponto crucial e, como é de se esperar, o Forest Temple de Ocarina of Time tem a melhor de todos os jogos. Há uma sensação de opressão no ar, uma história não contada, as ruínas de um forte, escondidas tão perto de casa. E isso é só em termos estéticos.
Se você quer falar do calabouço em si, ele é como uma Turtle Rock: tem uma grande variedade de obstáculos, sem perder sua identidade. O corredor retorcido, os jardins infestados de monstros, quadros assombrados, tochas enfeitiçadas e uma abominação esperando para lhe agarrar. Isso me lembra, inclusive, que foi aqui que eu vi um Wallmaster pela primeira vez.
Logo na primeira sala em que ele aparece, lembro que consegui desviar dele bem a tempo e, assim que fiz isso, olhei diretamente para ele. A sua forma me aterrorizou e a primeira coisa que fiz foi dar o fora dali o mais rápido possível.
Só para dar um gostinho a mais, ainda tem aquela trilha sonora, que é ao mesmo tempo assustadora e belíssima, misturando um tom de inocência com os perigos que tomaram o mundo.
No geral, acredito que esse calabouço, assim como Inside the Great Deku Tree fez no começo do jogo, dita o tom para a segunda parte de sua jornada. Não se trata mais de um mundo colorido com monstros escondidos; agora, os monstros é que mandam, e você precisa aprender a lidar com eles se quiser reclamar o mundo que perdeu.

E essa é minha lista dos 10 melhores calabouços de Zelda! Algum favorito seu entrou na lista? Há algum outro que merecia estar aqui? Diga-nos a sua lista nos comentários!

Muito obrigado pela sua atenção, e até a próxima!

Fontes de imagens:
Zeldapedia
Attack of the Fanboy

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