sábado, 3 de janeiro de 2015

Jogos Zeldásticos #3 - Samurai Warriors 2 (PS2/X360/PC)

Eu queria ter escrito esse artigo pra entregar no dia de lançamento do Hyrule Warriors. Mas, como rolou muita coisa, acabou não sendo possível fazer nada naquela época... Então, que melhor momento pra fazer isso do que agora?!

Bom, se tem uma coisa que o lado Koei da Tecmo Koei faz bem é jogos de Hack'n Slash / Semi-estratégia em tempo real. Apesar de terem falhas, os títulos desse "gênero" sempre conseguem satisfazer, de um jeito ou de outro. O melhor (e praticamente único) exemplo digno de menção é a série Warriors, o que inclui as ramificações Dynasty, Samurai e Orochi. Eu já pronunciei minha opinião a respeito dessa série no ano passado, mas nunca entrei em detalhes sobre o que ela tinha de tão interessante...
Então vamos matar o misticismo aqui e agora, falando de um exemplar dessa série, siiiiim?


O jogo que vou falar hoje é justamente o Samurai Warriors 2, produzido pela Koei lá pra 2006 (a primeira versão do jogo, né?). Os eventos do jogo tomam lugar durante o período de unificação no Japão, no século XVI. Ao invés de se focar apenas em um personagem, o jogo possui campanhas para vários de seus mais de 12 (eu acho) personagens. Apesar dos eventos da trama poderem acontecer de acordo com o que, de fato, ocorreu na História (como a morte de Nobunaga Oda ou a ascenção de Ieyasu Tokugawa), os desenvolvedores tomam muitas liberdades, dependendo de qual personagem você escolhe. Por causa disso (e por eu não ter terminado a campanha de todos os personagens), não vou ficar aqui falando da trama do jogo. Basta você saber que é muita coisa e eles tentam ser fiéis aos relatos históricos quando dá.

Kohtarō Fūma foi um shinobi real, mas ele é retratado de uma maneira "demonizada" e muito de sua história no jogo não condiz com a vida real.


O grande foco do jogo não está na história (por mais bem boladas que elas sejam), mas sim na jogabilidade. De forma bem resumida, dá pra dizer que você é um capitão ou general com super-poderes que enfrenta um exército inteiro praticamente sozinho, e sem dificuldade. Digo super-poderes porque, caramba, nenhum dos movimentos desses caras é completamente realista. E digo sem dificuldade porque os soldados mais baixos dos exércitos são um bando de incompetentes, e os generais são uns pamonhas sem noção.


Dito isso, é preciso ressaltar que, por mais ridícula que seja essa ideia, sair por aí humilhando exércitos é tão... ~amável~... Sempre que você acerta um inimigo e mantém um combo rolando, você se sente no paraíso de tão satisfatório que é... Para ajudar, os controles são muito precisos, conectar e manter combos é bem fácil, e os ataques tem um impacto bem perceptível. Isso vale para praticamente todos os inimigos do jogo, e a sensação é a mesma o tempo todo.

Mas, claro, você não pode simplesmente ficar surrando gente assim. Apesar de isso dar uma enorme ajuda para os seus números (diminuir o exército inimigo é uma boa tática, mas não pode ser executada com exclusividade), é necessário que você faça certos objetivos para progredir nas fases do jogo, e saiba em qual ordem vai executá-los. Exemplos são: capturar bases inimigas (simplesmente surrando todo mundo lá dentro), eliminar certos generais e ajudar alguns de seus aliados. Na verdade, não passa muito disso. São apenas os efeitos que esses atos geram que mudam de luta para luta, mas o processo é praticamente o mesmo.

Samurai Warriors 2 (e praticamente a franquia inteira, nesse caso) é um daqueles jogos em que você faz a mesma coisa de novo, e de novo, e de novo, mas é tão satisfatório e divertido que fica difícil achar isso ruim. Esse ponto, necessariamente, não é tedioso. Durante os combates, os vários generais e comandantes dos dois exércitos sempre ficam dialogando, e todo o papo importante, geralmente diferindo de fase para fase, adiciona à autenticidade.


Falando nisso, os campos de batalha do jogo são imensos, e cada um deles tem um terreno bem diferente do outro, alguns até sendo mutáveis, o que exige de você certa atenção. Na verdade, toda a sua estratégia requer que você tenha uma noção do novo território. Ainda bem que, antes de cada fase começar, você é apresentado a um mapa em 3D mostrando onde estão todas as principais unidades e bases aliadas e inimigas. Estudar esse mapa é essencial para que você não seja pego de surpresa durante o combate (ou você pode ser pirado que nem eu e ignorá-lo completamente na maioria das vezes).


Enquanto ter um território grande é bom por abrir várias possibilidades, o maior problema do jogo também ocorre por causa dele. Os campos são grandes, MUITO grandes, até... Tão grandes que ir de um ponto A a um ponto B pode ser uma tarefa por si só. É muito chato ir de um canto a outro do mapa assim, o que praticamente obriga você a arranjar um cavalo (que é aquela montaria bacana e BEM mais rápida do que seus pés), e ainda com os equinos é um porre. Isso se agrava quando você tem de salvar um grupo aliado que está do outro lado do mapa. Você quer chegar lá rápido, mas é praticamente impossível, então você tem de se contentar com sua velocidade e ir... Ou ignorar o pedido de ajuda e se arriscar a perder um membro do exército (que pode ser morto, capturado ou simplesmente desaparecer do campo por algum tempo).
Ah sim, e cada fase tem o limite de menos de uma hora para ser completada. Não que isso seja grave, é perfeitamente possível terminar a fase em muito menos do que isso. O único problema é essa parte de andar quase que eternamente mesmo...

Os vários personagens do jogo possuem, cada um, seu set de golpes únicos, fazendo que todos eles sejam diferentes. Isso incentiva que o jogador experimente todos eles para, quem sabe, encontrar seu preferido e, ainda, encontrar um combo favorito também. Os personagens possuem estilos muito variados, com alguns que atacam à distância e outros que são mestres em luta corpo-a-corpo ou de curta distância em geral.


O jogo ainda conta com um sistema de níveis, tipo um RPG. Coisa básica: mate tantos inimigos para conseguir aumentar de nível. Ao aumentar de nível, vários status são melhorados de uma vez. Além disso, você também pode equipar habilidades e armas diferentes que você pode adquirir nos combates, isso sem falar que novos combos ficam disponíveis. O melhor de tudo é que o nível dos personagens, assim como seu equipamento, vale para todos os modos do jogo, seja o modo campanha, no free play e o multiplayer também (esse eu acho, né?).

E, como você percebeu, existem outros modos de jogo, sim. Não tive a oportunidade de vê-los a fundo, mas sei que, no Free Play, você está livre para escolher qualquer personagem e jogar em um dos combates, sem compromisso nenhum. Só não vão ter os lindos diálogos de história e os objetivos "chave", mas o resto continua intacto. Na verdade, acho que você tem que estar mais aberto para o inesperado, visto que coisas diferentes podem acontecer a qualquer momento. Sem essa de script, cada combate é único a seu modo.

Ah, é, o jogo também tem uma trilha sonora... Mas ela é bem "atmosférica" e esquecível... Por isso, vou ter que dar poucas linhas a ela... Se bem que a música da abertura é simplesmente impecável. Dá uma ouvida/olhada aí!



Ah, e eu também me esqueci dos visuais do jogo. Eles são muito bons, pra ser sincero... Eles conseguem colocar um número relativamente grande de personagens na tela, e tudo, ou quase tudo, roda a 60 frames por segundo. Bem lisinho, mesmo. É até surpreendente, considerando os detalhes variados em texturas e personagens (para padrões dos anos 2000, né?).

Porque fãs de Zelda gostariam desse jogo?
A única razão de eu ter me lembrado que essa série existia e ter me colocado pra jogar de novo foi o Hyrule Warriors. Simples assim.
Aquele fã que quer mais do estilo do spin-off de Wii U pode, muito bem, ir atrás dessa pérolazinha aqui. Apesar de suas falhas, é um jogo bem divertido e satisfatório pra caramba.

Atualmente, a melhor plataforma pra pegar esse rapaz é o PC, embora você também possa pegar no PS2 ou no Xbox 360. Você também pode ver mais da série Warriors nos consoles atuais, se tiver interesse.
E, eu não estou conseguindo pensar em mais nada pra dizer, nem como fazer um final para esse artigo, então... Experimente Samurai Warriors 2! É bacana! Se você quiser, também, pode dar uma olhada nos pacotes de expansão! Um deles tem quatro campanhas novas e o outro, pelo que eu lembro, tem criação de personagens... Então, é, tem pra todo tipo de gosto!

Fontes das imagens:
Gamershell.com
Hexus.net
Gamesradar
Wikipedia

Para ler mais:
- Jogos Zeldásticos #2: Pandora's Tower (Wii)
- Por que Hyrule Warriors é importante para a série Zelda? (07/01/14)
- Samurai Warriors 2 - Site oficial (em Inglês)

Nenhum comentário:

Postar um comentário